19.3.14

2ª Edição: 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição (30)

As escolhas de:
Helder Almeida, autor do blogue MovieWagon

Os 3 filmes que melhor demonstram a Coragem:
Philadelphia (1993)
Filadélfia, Jonathan Demme

La Vita è Bella (1997)
A Vida é Bela, Roberto Benigni

Saving Private Ryan (1998)
O Resgate do Soldado Ryan, Steven Spielberg

O realizador que melhor define a Coragem:
Steven Spielberg
"I like the smell of film. I just like knowing there's film going through the camera."

As escolhas de:
Paulo Peralta, autor do blogue CinEuphoria

Os 3 filmes que melhor reproduzem a Coragem:
The River (1984)
O Rio, Mark Rydell

La Stanza del Figlio (2001)
O Quarto do Filho, Nanni Moretti

Hunger (2008)
Fome, Steve McQueen

O realizador que melhor representa a Coragem:
Steven Spielberg
"The public has an appetite for anything about imagination - anything that is as far away from reality as is creatively possible."

Obrigado, Helder e Paulo, pelas participações.
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6 comentários:

  1. FREDERICO DANIEL, Do que conheço, também, não deixando de destacar sempre aqui La Vita è Bella e Spielberg.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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  2. Demorou mas aqui ficam as minhas justificações :)

    Escolhi (quer dizer, escolhemos pois foi uma decisão a dois) o Philadelphia pois a personagem de Tom Hanks acaba por ser um exemplo de coragem que enfrenta uma situação bem real e especialmente na altura em que o vírus HIV era matéria de enorme controvérsia. Um tema real, retratado de forma excelente e que acaba por ser um caso de coragem, tanto das personagens como dos envolvidos no filme.

    A segunda escolha foi o incontornável La Vita è Bella e, neste caso, a escolha até poderá parecer algo cliché. No entanto, é verdade que temos no filme de Benigni um dos maiores exemplos de coragem da história do cinema, para além de uma das mais fabulosas relações Pai/Filho da Sétima Arte.

    Saving Private Ryan (peço desde já desculpa pela dose dupla de Tom Hanks) foi a terceira escolha também por razões algo óbvias: um grupo de soldados americanos recebm ordens para encontrar o Soldado Ryan, o último de três irmãos soldados que ainda está vivo. Acabamos por acompanhar e conhecer estes homens, que colocam as suas vidas em risco apenas para salvar um soldado, questionando o que estão a fazer e se valerá a pena. Tudo contado de uma forma fabulosa por Spielberg, um dos grandes contadores de histórias.

    Daqui passamos para a nossa escolha de Steven Spielberg. Para além de Saving Private Ryan, são inúmeras as histórias de coragem que o cineasta já nos trouxe, começando pelas suas incursões na 2ª Guerra Mundial (Ryan, Empire of the Sun, The Schindler's List), passando pela 1ª Guerra Mundial (War Horse) e deambulando ainda por temas como a escravatura (Amistad) e pelo fantástico (E.T.: The Extraterrestrial). Tudo contos de coragem que Spielberg nos trouxe, retratando tal tema de uma forma mágica, como muito poucos outros conseguem fazer.

    Resta-me agradecer à gerência do Caminho Largo pelo convite! Que venham mais desafios! :)

    Hélder Almeida

    www.moviewagon.wordpress.com

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  3. Com uns dias de atraso mas cá vos deixo as explicações das minhas escolhas sobre os três filmes que melhor ilustram e representam a coragem:

    1) The River, de Mark Rydell, sendo esta uma obra de 1984 consegue, ainda hoje, deixar uma mordaz caricatura dramática sobre os dias que presentemente vivemos. Um olhar sobre as tempestades climatéricas que afectam o meio, as lutas pela sobrevivência individual e colectiva assim como a luta desesperada por tentar ultrapassar as sempre presentes dificuldades financeiras não sem antes manter viva uma chama interior e a dignidade que tão tentada é face às diferentes provações que são diariamente colocadas a cada um.
    É esta preservação da dignidade que consegue ilustrar neste filme o verdadeiro significado de coragem: resistir e sobreviver mesmo quando tudo ao redor parece ruir.

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  4. 2) Para a segunda escolha seleccionei o filme La Stanza del Figlio, de Nanni Moretti no qual é retratado o desmoronar de uma família após a morte de um filho. Quando a tragédia se depara sobre a que se espera ser a mais sólida de todas as estruturas, como sobrevive a família sabendo que um dos seus jamais irá entrar pela porta? Como resistir face ao demais quando nada já parece fazer sentido? Como recordar os risos, as lágrimas ou o som de uma voz que nunca mais se irá ouvir? Como escutar os problemas alheios quando a mente própria parece querer divagar e agarrar nessas pequenas grandes recordações que, a partir daquele momento, serão a única forma de saber que aquela pessoa existiu? E principalmente, como conseguir acordar no dia seguinte sabendo que nada tem o mesmo valor e significado que a dor que se sente tem?

    3) A minha terceira e última escolha recaíram sobre a primeira grande obra de Steve McQueen, o filme Hunger no qual um glorioso Michael Fassbender retrata a vida de Bobby Sands detido numa prisão da Irlanda do Norte após uma série de atentados terroristas no território, filme este que "obriga" o espectador a acompanhar a descida de um indivíduo a uma quase total incapacidade física e psicológica sem que, no entanto, perca a capacidade de decidir sobre os seus actos e sobre a forma como entende que a sua alma jamais será aprisionada pelo seu carcereiro. Quando seleccionei este filme pensei que poderia talvez ser a escolha mais controversa na medida em que parece "defender" acções terroristas ou de apoio à violência, no entanto a escolha recai sobre a capacidade de decidir quando e como o indivíduo decide deixar o seu corpo ceder às adversidade físicas que lhe impõem e, acima disto, àquelas que se auto impõe.

    Finalmente sobre o realizador que julgo poder ser melhor representativo da temática "Coragem", optei por aquele que penso ter conseguido nos últimos quarenta anos levar o espectador a um conjunto de mundos/situações que tanto nos emocionam como cativam pela sua componente de acção e aventura: Steven Spielberg. De jovem prodígio em filmes de acção e suspense como O Tubarão sem esquecer a capacidade de nos transportar para universos onde o drama, a perda e a amizade são componentes sempre presentes como podemos constatar em Encontros Imediatos do Terceiro Grau ou ET, e das aventuras do eterno Indiana Jones, Spielberg tem também o seu registo melodramático ao abordar temáticas históricas mais sérias e chegar onde outros não tinham ainda ousado desde os dramas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial como podemos constatar em Império do Sol, A Lista de Schindler e Resgate do Soldado Ryan bem como os inúmeros documentários em que participou enquanto produtor registando assim para a futura preservação da memória histórica um dos, senão o maior conflito que afectaria indiscriminadamente gerações, sem esquecer os dramas familiares e de violência escondida como A Cor Púrpura entre tantas e tantas outras histórias e registos. Transversal e capaz de abordar um conjunto ilimitado de histórias, Spielberg não esquece a sua habilidade de contar histórias que nos divertam e fazem sorrir assim como outras que nos fazem pensar e questionar sobre os dramas humanos por entre épocas ao mesmo tempo que é capaz de nos fazer sonhar com mundos, tempos e espaços que ignoramos que existam sendo capaz, com todos eles, cativar o espectador com a sua ousadia e capacidade de arriscar.

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  5. THE MOVIE_MAN, Antes de mais, obrigado pelas palavras e pelo contributo nesta iniciativa. Depois, referir que gostei e gosto de todas as tuas escolhas, dos filmes ao realizador, não evitando ainda assim de destacar La Vita è Bella, filme que tenho um apreço especial. De resto, justificas-te bem as preferências.

    PAULO PERALTA, Obrigado pela participação :). Quanto às tuas escolhas e às respectivas justificações, nada a dizer, ou melhor, muito a dizer. Gostei bastante das reflexões, sobretudo no que diz respeito a Spielberg. O realizador tem, de facto, a qualidade transversal da versatilidade e do arrebatamento nas suas obras. Bem escolhido.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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