2.11.14

TCN Blog Awards 2014: Nomeados



Novo ano, e os prémios mais cobiçados da blogosfera nacional estão aí, outra vez e acima de tudo para divulgar a comunidade cinéfila e televisiva em Portugal. Os TCN Blog Awards 2014 arrancam assim com a sua 5ª edição e, para já, com as nomeações para as suas diversas categorias. Os nomeados são muitos e, em geral, todos meritórios da distinção, sendo que o Caminho Largo encontra-se também neste lote pelo terceiro ano consecutivo, nomeadamente em duas categorias - Melhor Crítica de Cinema pelo filme 2001: A Space Odyssey, de Stanley Kubrick, e Melhor Iniciativa com a rubrica À Boleia. Se, por um lado, é com alguma surpresa que recebemos estas nomeações, dado os últimos meses de alguma inércia, por outro, é com enorme satisfação que as acolhemos, num blogue que nunca procurou definir-se com popularidade, superficialidade ou intencionalidade, antes com um sentido de orientação, de aprendizagem e de identidade pessoal.

Pode-se dizer que a manifestação de opinião, exterior à simples e estanque informação, e, consequentemente, de crítica esteve na génese deste espaço e, portanto, a nomeação a Melhor Crítica de Cinema pelo terceiro ano consecutivo, entre gigantes desta blogosfera, não nos deixa apenas satisfeitos, mas inteiramente orgulhosos, naquilo que consideramos invariavelmente como a forma de expressão mais nuclear de um blogue - a sua escrita, o seu pensamento e a sua capacidade de transmitir, contribuir e emocionar, através das palavras, a magia e a realidade do cinema.

A nomeação em Melhor Iniciativa com o À Boleia, em jeito de repetição do ano passado e em jeito de sustentação do próprio conceito, só vem credibilizar e expandir ainda mais a iniciativa, que sempre teve como objectivo a comunicação, a união e a partilha de sabedoria entre colegas desta blogosfera que muito pode aprender em conjunto e com cada um de nós. Por outro lado, sempre houve também a ambição, através dos convidados, de reflectir sobre esta arte de uma maneira crua e objectiva e ao mesmo tempo intrínseca a cada visão, possibilitando assim uma maior consciência pessoal e colectiva, no fundo, do aqui estamos todos a falar - Cinema. De referir ainda outras nomeações na categoria de iniciativa nas quais estou, ou estive, igualmente envolvido, são elas o CCOPCinema Bloggers Awards 2015 e Já Vi(vi) este Filme. Mais que merecido, é um prazer ver o talento e a interactividade em constante progresso e evolução.

Por fim, o apelo habitual para que votem, em consciência, e, acima de tudo, leiam os textos, comentem nos blogues e envolvam-se nesta blogosfera que tem tanto mas tanto para oferecer. Se, porventura, o vosso voto recair no Caminho Largo agradecemos muito. Basta seguir para os seguintes endereços:

http://tvdependente.net/ - opção 2001: Odisseia no Espaço em Crítica Cinema;
http://www.espalhafactos.com/ - opção À Boleia em Iniciativa.

Obrigado à academia pelo voto de confiança, à organização pela perseverança, a todos os convidados que aceitaram o convite para a iniciativa nomeada e a todos os colegas, amigos e família que fazem deste Caminho um percurso largo e real.

Jorge Teixeira e Pedro Teixeira

20.10.14

À Boleia (19)

Um convidado responde a questões nucleares ou essenciais sobre o cinema.
Entrevistado: Tiago Ribeiro, autor do blogue #  e colaborador no site À Pala de Walsh.
Obrigado, Tiago, pela colaboração.

Caminho Largo: Tendo em conta um sentido mais crítico, habitualmente como visualizas e como aprecias um filme?

Tiago Ribeiro: Acho que tudo vai desembocar na minha adesão emocional ao filme. Essa lenga-lenga do "não gostei, mas admiro" não me serve. Não estou a ver um filme como quem analisa números ou conta sacos de batatas. O outro dizia "emotion pictures" e concordo a 100%. Depois há as expectativas pré-filme e questões muito importantes que não me parecem devidamente salientadas, como as condições físicas e mentais em que se vê um filme. Pela minha experiência, os filmes do Antonioni e do Hou-Hsiao Hsien devem ser vistos em estado semi-ensonado, só assim se podendo saborear na plenitude as ramificações langorosas da coisa. Depois há os filmes dos últimos quinze anos do Von Trier, que devem ser experienciados em sono profundo. Mas estou divagando. Até hoje ainda não sei o que me atrai especificamente num filme, pois certas características (o silêncio ou o ruído, travellings ou planos fixos, moralidade ou amoralidade, etc) podem estar no meu agrado por um filme e no meu completo ódio por outro. Ódio mesmo; se num filme há, a partir de um determinado momento (ás vezes logo num genérico) um click de profunda irritação, eu passo o resto do filme já a leste do mesmo, começando então a engendrar mirabolantes planos para me encontrar com o realizador e andar à pancada com ele.

CL: O cinema está mais no modo de contar que propriamente naquilo que se conta. Identificas-te com esta posição? Porquê?

TR: Parece-me que sim. É da própria condição humana. São como as respostas a estas perguntas. Todas as pessoas dariam respostas diferentes. Depois há o Von Trier, que não só lhes responderia de forma diferente, como o faria enquanto espetava pregos nos olhos de uma barbie. Cada filme tem a marca de quem o fez, por mais tarefeira e anódina que possa ser a pessoa em questão. Não somos robots, pelo menos ainda não. Se entregassem o Nuit et Brouillard ao Spielberg de certeza que hoje seria uma obra repleta de nódoas negras. E se estivesse a cargo do Von Trier, o melhor que teríamos a fazer era fazermos todos um buraco no solo e por lá ficar, rezando e chorando.

CL: Para além do argumento e da realização, existe em toda a produção de um filme algum departamento que possa se destacar por si só de forma a catapultar o resultado final para outros níveis? A banda-sonora enquadra-se neste pensamento?

TR: Tudo está na realização. Argumento, direcção de actores, figurinos, banda-som, etc, tudo já lá está. Todos esses "departamentos" devem ser escravos da mise-en-scéne. Por isso é que nunca percebi aquela coisa dos Oscars, onde o tipo ou tipa que ganha o boneco de melhor realizador por vezes não ganha o do melhor filme. Disseram-me que isso tem a ver com lobbies, mas deve ser mentira, porque as pessoas são boas e justas por natureza. Mas já que falas na banda-sonora, não diminuindo a sua extraordinária importância (há filmes que são completamente arruinados por um uso excessivo e/ou redundamente sublinhador), prefiro destacar o trabalho sonoro num filme. Gosto mais de sons do que de imagens. Penso de que são os sons e não tanto as imagens que me fazem mergulhar de corpo inteiro num filme. Se um dia destes aparecessem por cá uns aliens a dizer-nos que poderíamos sobreviver, mas só se retirássemos as imagens aos filmes, eu ficaria contente. E mais contente ficaria se levassem o Von Trier com eles, na volta.

CL: Em que medida a subjectividade da arte, e do cinema associado, atinge referências quase absolutas, leia-se obras-primas incontestáveis?

TR: Não existem obras-primas incontestáveis. Pelo menos eu quero pensar que não. Essas "obras-primas incontestáveis" só existem numa vertente mental, seja individual ou mais ou menos colectiva. Por isso foco-me na primeira parte da tua pergunta, na "subjectividade". Voltamos, então, aos números e ao saco de batatas. Se um tipo como o Bosley Crowther desancou no It's a Wonderful Life e no Muriel aquando das suas estreias, e hoje são "duas obras-primas incontestáveis", em que ficamos? São só contextos de percepção, de recepção: culturais, sociais, até económicos. Antes de 1955 havia uma série de "obras-primas" e outra série de "lixeiras", e o maralhal dos Cahiers rebentou com todas essas premissas. Depois há um lado seguidista, e que funciona assim: alguém com relativa influência crítica desenterra lixo e afirma que é magnífico, obra-prima, e outro diz que "sim, senhor, nunca tinha pensado nisso", e mais outro, e por aí adiante, até à completa canonização. Se eu tivesse alguma influência, afirmaria que o Ace Ventura é extraordinário, e daqui a cinquenta anos lá estaria o Ace Ventura no top 20 dos "melhores filmes de sempre" da Sight and Sound.

CL: Comenta a seguinte citação do realizador João César Monteiro: "O cinema não é mais do que um itinerário que instaura o reencontro do homem consigo mesmo."

TR: Uma forma poética (de um dos maiores poetas da história) de colocar em primeiro plano a identificação Homem/Cinema. Por mais que haja correntes de pensamento a quererem desvirtuar a relação de identificação do espectador com o filme, essa será sempre a "questão essencial", como diria o Dr. Pacheco Pereira: vamos ver um filme para ter aconchego espiritual. Para saber que do outro lado há alguém que nos compreende e sabe os nossos anseios, desejos, rancores, etc. Ou então não é nada disto, e está muito certo também.

13.10.14

O Caminho Largo na Cosmopolitan



O Caminho Largo, novamente, a dar sinal de vida e a revelar alguma visibilidade. O convite, desta vez, foi feito pela revista Cosmopolitan para a rubrica Cosmobloggers, e a resposta só podia ser positiva, num desafio que mais não era que revelar os meus três filmes preferidos à data e, portanto, segundo um estado actual de conhecimento e de desenvolvimento (as escolhas e as devidas justificações podem ser conferidas na edição de Setembro da revista, ou, desde já, pela imagem acima). Provavelmente, por isso, a intenção aqui não foi divulgar e incentivar ao melhor cinema, mas sim a mais cinema (extravasando-o) e a filmes que, por uma ou outra razão, me dizem muito ainda hoje, acima de qualquer outro tipo de ambição colectiva. O cinema merece, os filmes merecem e só cabe a quem tem oportunidade de motivar ainda mais, e, porventura, de alcançar assim uma renovada e capacitada Sétima Arte. Obrigado pela colaboração.

12.10.14

2º Aniversário do Caminho Largo


É a celebrar o segundo aniversário que o Caminho retorna, atrasado, enviesado e talvez vagaroso, mas Largo e revigorado o suficiente para se fazer à planície, e aos planaltos, com toda a força e perspicácia que sempre cobiçou. Entre novas clareiras prontas a serem exploradas e florestas habituais cada vez mais densas, o enfoque ou até o desnorte pode aflorar inesperadamente e contra a corrente, e, assim, conduzir a um desvio necessário, mas não tão preciso e preponderante ao ponto de, mais à frente, não se puder retomar o curso perdido. Por atalhos e novos rumos, pode-se alcançar o que, temporariamente, se deixou para trás, ou melhor, o que, involuntariamente, nos ultrapassou.

É com esta perspectiva que se encara, mais uma vez, o horizonte, na incerteza da navegação, e, desta feita, sem antes referir ou partilhar a segunda volta que completamos. É, pois, com imenso orgulho e satisfação (e atraso significativo) que comunicamos que, no passado dia 8 de Agosto, o Caminho Largo fez dois anos, tímidos e ainda curtos nesta gigante blogosfera nacional. Entre novas rubricas, listas, iniciativas e prémios alcançados, o ano transacto revelou-se extraordinário, e certamente nostálgico daqui em diante, o que diz tudo, e dizer mais seria desvirtuar ou confirmar que os trajectos invariavelmente falam melhor que quaisquer palavras. O nosso muito obrigado, por tudo e para todos.

Se é certo que só nos perdemos se nos fizermos à estrada, e esse sempre foi o objectivo inicial - caminhar, e não caminhando, seja qual for o sentido e direcção - também é certo e sabido que para a frente é que é o caminho.

Jorge Teixeira e Pedro Teixeira

27.5.14

Percursos (4)

Entre o filme, a vida e o sonho


No campo da fantasia e do escape temporal ou espacial não haverá muitos exemplos com a originalidade, a sensibilidade e a pujança de El Laberinto del Fauno. O filme de Guillermo Del Toro será mesma peça rara e uma investida improvável, séria e coesa, nos tempos recentes, no que a história de encantar, deslumbrar e efabular diz respeito. A mistura constante entre realidade e ficção ou entre a dureza e a conformidade do dia-a-dia e a imaginação ocasional desejada, à frente e atrás das câmeras, confere, recorrentemente, um sentido assaz credível e equilibrado, quase justo e justificativo, o que torna prontamente aceitável qualquer identificação plausível para com o enredo e as sensações nostálgicas envolvidas.

Com o início e um cenário de absolutismo, somos, desde logo, transportados para uma família, para uma criança e para um conflito que, à partida, se avizinha periclitante, problemático e deveras complexo (um pouco como qualquer vida ou rotina - aqui extrapolada - sempre passível de potencialmente se transformar). Conflito este, interno e de possante cariz físico ou concreto, se atendermos ao drama implícito e palpável, porque na verdade, e por contraste, o irreal, o inexplicável e a evasão se situa depois na mente e no subconsciente da inocente protagonista, e de todo o centro ingénuo do filme. Somos, pois e por sua vez, como que tele-transportados para outro mundo ou para outra dimensão utópica, sensacional e visionária, de tão metafórica e certeira que se afigura ou se desenha espontaneamente face às personagens e ao espectador. Em suma, a todos nós, na medida em que seguimos com total deleite, e simultâneo receio, as peripécias vividas pela imaginação de Ofelia (quiçá pela sua ascensão efectiva a outro estado disponível e desconhecido), e o seu desejo de fuga ao quotidiano cruel, num ameaçador contexto de guerra e de regime fascista, entre constantes temores, segredos e terríveis torturas.

Não será, portanto, de estranhar que nutre bastante identificação por este filme, e por este tipo de abordagem, uma vez que a aventura, a absorção e a fantasia foram continuamente, da minha parte, objecto de fascínio, de dedicação e de preenchimento dos tempos livres, sobretudo, na infância e numa fase de sistemática vontade de abstracção, de sonhos e de destinos impossíveis, mas não menos satisfatórios. Uma relação que não se esgota, apenas e só, na narrativa paralela e sedutora habitada pelo estranho Fauno, e interpretada por nós, mas que existe também na atmosfera cromática e na ambiência musical encantadora, que, no conjunto e esteticamente, conferem uma experiência intima e fortemente nostálgica e que, no fim, reconhecemos como preciosa, útil e por demais saborosa. Definitivamente, e ainda que no campo do devaneio e da ilusão partilhadas, um filme que vi e já vivi, inclusive diversas vezes e intensamente, dentro e fora do ecrã, até porque ficção ou sonho é também concepção e criatividade ou, se quisermos, sinónimo de divertimento, alegria e consciência.

Texto originalmente publicado na iniciativa 'Já Vi(vi) este Filme' do blogue Hoje vi(vi) um filme

16.5.14

Percursos (3)

Com Charlie Chaplin


Talvez comece por dizer que Chaplin, ou a figura desajeitada e deambulatória de Charlot, desde cedo invadiu, alojou, se espreguiçou e passeou pela minha memória, porventura pelo meu subconsciente, como aquela peça na engrenagem que é necessária, mas que durante muito tempo nem nos apercebemos da sua importância e da sua preponderância, vital para o entendimento e funcionamento de toda uma máquina, no caso, a máquina do cinema e da arte associada e, portanto, de muito do conhecimento e da cultura retida e apreendida gradualmente e ao longo do nosso crescimento.

Numa viagem pelo passado, lembro-me distintamente do momento em que me deparei, qual encruzilhada, com Charles Chaplin, num então fortuito visionamento sobre a vida e obra do homem, do cineasta e do actor. O percurso de tão ilustre e famoso senhor é conhecido e, mais importante, reconhecido, e ainda assim, não deixa sempre de impressionar o relato dos seus feitos, das suas crenças e dos seus ideais, muitas vezes, em períodos negros da nossa história recente. Daí que, embora este visionamento tenha sido durante a infância, o fascínio e, sobretudo, a reverência ficou, assentou e depois permaneceu sem que me tenha apercebido totalmente, até pela não compreensão integral do que havia testemunhado.

Anos mais tarde, e novamente fruto do acaso, deu-se nova confrontação com o indivíduo do bigode, do chapéu e da bengala, desta feita um encontro de espectador-cineasta mais conhecedor e mais ciente da expectativa e da importância do que iria então assistir e, enfim, reflectir, até porque agora seria uma visita pelas suas obras e pelos seus filmes, e não tanto pela sua vida activa. A descoberta foi, à data, recompensatória, e mais do que isso, tremendamente satisfatória, numa perfeita simbiose entre entretenimento e arte, entre divertimento e aprendizagem, entre um objectivo e um objecto cinematográficos, não fosse Chaplin um fundador do cinema, do seu nascimento e dos seus alicerces linguísticos, do mudo ao sonoro, tendo o primeiro propositadamente muito mais espaço e tempo de manobra.

De The Kid a Modern Times, as descobertas foram imensas, e sempre pautadas pelo prazer de uma boa sessão, e o consequente e inerente crescimento adjacente. De uma curta a uma longa-metragem houve e há sempre qualquer ilação, crítica ou mensagem a retirar, no mínimo, uma história ou um relato para pensar e para matutar nas próximas horas vagas, e isto porque o vazio deixado após a visualização, na posterior ausência da companhia de Charlot, é invariavelmente sentida e, interiormente, partilhada por um colectivo que sem a presença do cavalheiro inglês não sabe reconhecer o cinema e a sua história. De facto, se há um nome que é indissociável da sétima arte e da sua cultura original e nuclear, esse nome é indubitavelmente Sir Charles Chaplin. Para muitos, será mesmo o cerne e a verdadeira ligação do cinema ao quotidiano e às pessoas, para não dizer também à maioria dos movimentos artísticos e realizadores que definiram e definem, hoje em dia, décadas posteriores de desenvolvimento e assentamento de toda uma arte.

Pessoalmente, tenho Chaplin como uma referência enorme, um pilar fundamental na minha relação com o cinema e com a gestão, regular e ponderada, de visualizações e investidas por este mundo de fantasias e realidades. Mundo este que o realizador sempre soube abordar e, não raras vezes, questionar, a tal ponto que as suas análises e os seus ensaios, na forma de narrativas e filmagens, são hoje exemplos maiores nas escolas e nas casas de quem souber, e de quem quiser, conhecer alguns ensinamentos e provavelmente alguns acontecimentos fulcrais da nossa existência, sempre em constante aperfeiçoamento. Do discurso de The Great Dictator à ternura de City Lights, passando pela consciência e sapiência de The Gold Rush, há muito por onde explorar e apreciar, sobretudo, no seio de um período mudo em que as dinâmicas e as sugestões atingiam altos valores e influências, porventura as mais acertadas e as mais honestas de todas, sem a limitação e, por vezes, a naturalidade e a linearidade que existe actualmente.

Se o meu envolvimento e a minha evolução nesta área tem sido crescente e cada vez mais esclarecido, deve-se e muito às raízes ou aos elementos estruturais, quiçá parte da estrutura total (sempre incompleta), onde se encontra a presença e a irreverência do homem, do autor e da figura de pequeno vagabundo vulgarmente denominada de Charlie Chaplin. Com calças largas, sapatos enormes e um andar desconjuntado, engraçado e intimamente amigável, foi, é e será sempre uma referência para a sétima arte e, acima de tudo, para o imaginário de cada um de nós. Diria que, no fundo, há os que reconhecem a personagem e os que veneram a mesma, ou, por outro, os que desfrutam do seu papel e percurso artísticos e os que ainda não sabem que desfrutam.

Texto originalmente publicado na iniciativa 'Charlot & Eu' do site Cinema 7ª Arte

6.5.14

Citações (13)

Se7en (1995), David Fincher


William SomersetErnest Hemingway once wrote, "The world is a fine place and worth fighting for." I agree with the second part.