30.4.14

Posters (20)

Metropolis (1927), Fritz Lang


À Boleia (18)

Um convidado responde a questões nucleares ou essenciais sobre o cinema.
Entrevistado: Victor Afonso, autor do blogue O Homem Que Sabia Demasiado.
Obrigado, Victor, pela colaboração.

Caminho Largo: Como distingues e como, consequentemente, aprecias um filme crítica e/ou pessoalmente? O que mais privilegias?

Victor Afonso: Sem uma grande história, raramente há um grande filme. Sem um aspecto formal apurado, raramente há um filme notável. Ou seja, no meu entender, o conteúdo e a forma têm de estar ao mesmo nível para se dizer se estamos perante um grande filme ou um filme menor. Quando era miúdo e via westerns e policiais, gostava sobretudo da história. Mas à medida que fui crescendo e apreendendo outras referências estéticas, comecei a dar também muita importância à linguagem cinematográfica em geral. Por isso gosto especialmente do Expressionismo Alemão e do cinema Noir, que são duas correntes que deram muito valor à composição plástica da imagem sem descurar uma boa história. Mas se me perguntarem se gosto mais de ver um bom filme ao nível da história mas fraco ao nível da realização/montagem ou um bom filme ao nível visual mas fraco no argumento, eu escolho a segunda opção.

CL: Onde está a especificidade e, portanto, a essência do cinema? Na montagem, na realização ou no argumento? Ou em todas em conjunto? Em que proporções?

VA: Partilho a ideia do Mark Cousins na sua monumental obra “Story Of Film: An Odissey”, quando refere que o que fez avançar a história do cinema foram as ideias visuais dos realizadores, mais do que qualquer outro factor. Por isso, para mim a verdadeira essência do cinema está na imagem, ou seja, na realização – seguida de muito de perto da montagem, que foi essencial para definir a arte cinematográfica (desde o período mudo com as teorias de Eisenstein). O poder da montagem é incomensurável na linguagem cinematográfica, é esta técnica que melhor define o ritmo de um filme e que determina a forma como o espectador olha e apreende as imagens.

CL: As fronteiras da indústria do cinema colidem muitas vezes com um cinema mais independente ou, se quisermos, mais intelectual. Em que medida essa convivência é saudável, nefasta ou desequilibrada?

VA: A convivência parece-me saudável. É como na música: sempre houve música mainstream e música alternativa e independente. O cinema de autor, independente e alternativo, sempre encontrou o seu próprio espaço, a sua forma de afirmação. Historicamente, tem sido até o cinema mais independente e de autor que tem manifestado maior capacidade de inovação estética e artística, enquanto o cinema mainstream tende a massificar-se tornando-se numa produção industrial repetitiva. Certo é que há um claro desequilíbrio no número de estreias de cinema independente face ao cinema comercial. Raramente há estreias comerciais de cineastas alternativos e o público que quer seguir a tendência deste tipo de cinema, tem de assistir aos festivais de cinema temáticos vocacionados para tal.

CL: A sétima arte é actualmente uma das artes mais influentes, senão a mais influente, na cultura em geral. Que papel atribuis à mesma tendo em conta o seu potencial formativo e educativo e não a sua actual, mais abrangente e comercial aplicação?

VA: O cinema sempre teve uma enorme capacidade educativa e pedagógica. Há uma personagem no filme “Grand Canyon” de Lawrence Kasdan que diz que tem problemas na vida, ao que um amigo lhe responde: “Se tens problemas na vida, vai ao cinema. O cinema tem todas as respostas para os problemas da vida”. É assim que entendo o poder do cinema (que também pode ser atribuído à grande literatura). Mas não esqueçamos que o cinema apenas existe há pouco mais de 120 anos, é ainda um bebé comparado com as artes clássicas, como a poesia, a pintura, a literatura ou a dança. E ao contrário do que muitos pensam, tem ainda muito que evoluir, não está morto, adapta-se continuamente às novas tecnologias (como foi no tempo do sonoro e da cor), criando novas e estimulantes experiências audiovisuais.

CL: Comenta a seguinte citação do realizador Robert Bresson: "Duas espécies de filmes: os que empregam os meios do teatro (actores, encenação, etc.) e se servem da câmara para reproduzir; aqueles que utilizam os meios do cinematógrafo e se servem da câmara para criar."

VA: Conheço bem o livro de onde foi retirada essa frase: “Notas Sobre o Cinematógrafo” de Robert Bresson, um conjunto fascinante de pensamentos sobre a visão do cineasta do cinema e da arte. Quanto à frase, eu julgo que, à semelhança de Dreyer, Bresson foi um purista da imagem, um esteta minimalista do gesto de filmar. No fundo, Bresson fez um misto das duas coisas ao longo da sua carreira: utilizou magistralmente os actores e a encenação e usou como ninguém a câmara para criar, porque é esta que capta a essência do real, a essência filtrada pela câmara do realizador.

16.4.14

Cinema Bloggers Awards 2014: Vencedores



Após as votações e a cerimónia de entrega e anúncio dos premiados, partilha-se então todos (a atribuição de Melhor Filme Mundial irá ser revelada dentro em breve e anexada no final desta publicação), os vencedores desta 2ª Edição dos Cinema Bloggers Awards, que, nunca é demais repetir, se constitui como uns prémios que distinguem os melhores filmes estreados em Portugal durante o ano de 2013 em diversas categorias. Para mais informações seguir para o site oficial aqui.

Depois de um novo ano, novo projecto e, pode-se dizer, novo sucesso, numa iniciativa que se deseja que se torne ainda mais sólida e abrangente, ao jeito de um constante crescimento. Renovados parabéns ainda, e também, a todos os jurados e envolvidos e, sobretudo, ao André Marques, o autor e dinamizador deste promissor projecto.

Melhor Filme (nacional)
Até Amanhã, Camaradas
Até Ver a Luz
La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)
E Agora? Lembra-me
É o Amor

Melhor Curta-Metragem (nacional)
Branco
Gambozinos
Na Escola
O Coveiro
Redemption

Melhor Interpretação Masculina (nacional)
Gonçalo Waddington – Até Amanhã, Camaradas
Jeremy Irons – Comboio Noturno para Lisboa
Joaquim de Almeida – La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)
Nuno Melo – Branco (curta)
Pedro Hestnes – Em Segunda Mão

Melhor Interpretação Feminina (nacional)
Anabela Moreira – É o Amor
Carla Chambel – Quarta Divisão
Leonor Seixas – Até Amanhã, Camaradas
Maria Vieira – La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)
Rita Blanco – La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)

Melhor Realização (nacional)
André Gil Mata – O Coveiro (curta)
João Nicolau – Gambozinos (curta)
Joaquim Pinto – E Agora? Lembra-me
Luís Alves – Branco (curta)
Ruben Alves – La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)

Melhor Argumento (nacional)
Até Ver a Luz
La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)
Branco (curta)
Gambozinos (curta)
O Coveiro (curta)

Melhor Filme Europeu
The Hunt (Jagten) (A Caça)
La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)
La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2)
Blancanieves (Branca de Neve)
Le Passé (O Passado)

Melhor Filme Norte-Americano
Inside Llewyn Davis (A Propósito de Llewyn Davis)
Beasts of the Southern Wild (Bestas do Sul Selvagem)
Django Unchained (Django Libertado)
Frances Ha
Gravity (Gravidade)

Melhor Filme Asiático
A Touch of Sin (Tian zhu ding) (China - Um Toque de Pecado)
Like Someone in Love
In Another Country (Da-reun na-ra-e-seo) (Noutro País)
The Grandmaster (Yi dai zong shi) (O Grande Mestre)
Like Father, Like Son (Soshite chichi ni naru) (Tal Pai, Tal Filho)

Melhor Filme do Resto do Mundo
No (Não)
O Som ao Redor
Adore (Paixões Proibidas)
Post Tenebras Lux
Animal Kingdom (Reino Animal)

Melhor Realizador(a)
Abdellatif Kechiche – La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2)
Alfonso Cuarón – Gravity (Gravidade)
Ethan Coen e Joel Coen – Inside Llewyn Davis (A Propósito de Llewyn Davis)
Quentin Tarantino – Django Unchained (Django Libertado)
Ron Howard – Rush (Rush - Duelo de Rivais)

Melhor Argumento
Before Midnight (Antes da Meia-Noite)
Inside Llewyn Davis (A Propósito de Llewyn Davis)
La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2)
Django Unchained (Django Libertado)
Frances Ha

Melhor Filme de Animação
Frozen (Frozen - O Reino do Gelo)
Despicable Me 2 (Gru - O Maldisposto 2)
Monsters University (Monstros: A Universidade)
The Croods (Os Croods)
Arrugas (Rugas)

Melhor Actor
Daniel Day-Lewis – Lincoln
Joaquin Phoenix – The Master (The Master - O Mentor)
Mads Mikkelsen – The Hunt (Jagten) (A Caça)
Matthew McConaughey – Mud (Fuga)
Oscar Isaac – Inside Llewyn Davis (A Propósito de Llewyn Davis)

Melhor Actriz
Adèle Exarchopoulos – La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 (A Vida de Adèle:Capítulos 1 e 2)
Cate Blanchett – Blue Jasmine
Jennifer Lawrence – Silver Linings Playbook (Guia para um Final Feliz)
Naomi Watts – Lo Imposible (O Impossível)
Sandra Bullock – Gravity (Gravidade)

Melhor Actor Secundário
Barkhad Abdi – Captain Phillips (Capitão Phillips)
Christoph Waltz – Django Unchained (Django Libertado)
Daniel Brühl - Rush (Rush - Duelo de Rivais)
Leonardo DiCaprio – Django Unchained (Django Libertado)
Philip Seymour Hoffman – The Master (The Master - O Mentor)

Melhor Actriz Secundária
Amy Adams – The Master (The Master - O Mentor)
Anne Hathaway – Les Misérables (Os Miseráveis)
Jacki Weaver – Animal Kingdom (Reino Animal)
Léa Seydoux - La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2)
Sally Hawkins – Blue Jasmine

Melhor Guarda-Roupa
Django Unchained (Django Libertado)
Lincoln
Les Misérables (Os Miseráveis)
The Great Gatsby (O Grande Gatsby)
The Hobbit: Desolation of Smaug (O Hobbit: A Desolação de Smaug)

Melhor Fotografia
Inside Llewyn Davis (A Propósito de Llewyn Davis)
Django Unchained (Django Libertado)
Gravity (Gravidade)
Lincoln
The Grandmaster (Yi dai zong shi) (O Grande Mestre)

Melhor Montagem
Zero Dark Thirty (00:30 A Hora Negra)
Captain Phillips (Capitão Phillips)
Django Unchained (Django Libertado)
Gravity (Gravidade)
Lincoln

Melhor Banda-Sonora
Inside Llewyn Davis (A Propósito de Llewyn Davis)
Django Unchained (Django Libertado)
Gravity (Gravidade)
Les Misérables (Os Miseráveis)
The Great Gatsby (O Grande Gatsby)

Melhores Efeitos Especiais
Pacific Rim (Batalha do Pacífico)
Gravity (Gravidade)
Man of Steel (Homem de Aço)
The Hobbit: Desolation of Smaug (O Hobbit: A Desolação de Smaug)
Star Trek Into Darkness (Além da Escuridão: Star Trek)

Melhores Efeitos Sonoros
Pacific Rim (Batalha do Pacífico)
Django Unchained (Django Libertado)
Gravity (Gravidade)
Man of Steel (Homem de Aço)
The Hobbit: Desolation of Smaug (O Hobbit: A Desolação de Smaug)

Melhor Caracterização
Hitchcock
Lincoln
Les Misérables (Os Miseráveis)
The Hobbit: Desolation of Smaug (O Hobbit: A Desolação de Smaug)
Rush (Rush - Duelo de Rivais)

Melhor Direcção Artística
Django Unchained (Django Libertado)
Gravity (Gravidade)
Lincoln
Les Misérables (Os Miseráveis)
The Great Gatsby (O Grande Gatsby)

e

Melhor Filme Mundial
La Cage Dorée (A Gaiola Dourada)
La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2 (A Vida de Adèle: Capítulos 1 e 2)
Gravity (Gravidade)
No (Não)
The Grandmaster (Yi dai zong shi) (O Grande Mestre)

31.3.14

CCOP: Top de Fevereiro de 2014



Her (Uma História de Amor) conquistou a grande maioria dos membros do CCOP, liderando agora o top de Fevereiro de 2014, com uma nota média de 8,56 em 10. Não obstante, o filme foi ainda o mais controverso do mês, originando uma diferença de sete pontos entre a melhor (recebeu por três vezes a nota máxima) e a pior nota que lhe foram atribuídas. O filme de Spike Jonze é ainda o filme com a segunda melhor classificação do ano, não tendo conseguido tirar 12 Years a Slave (12 Anos Escravo) do pódio de 2014. A segunda posição foi liderada por Nebraska (a par do filme de Spike Jonze, o filme mais popular do mês), com uma nota de 8,44. Esta classificação é bastante superior à do anterior de filme de Alexander PayneThe Descendants (Os Descendentes), que em Janeiro de 2012 foi votado com 7,67. Em terceiro lugar, temos o vencedor do Óscar 2014 de Melhor Filme Estrangeiro. La Grande Bellezza (A Grande Beleza) recebeu a nota de 8,14; enquanto que em Abril de 2012, This Must Be the Place (Este é o Meu Lugar) (também do realizador Paolo Sorrentino) ficou-se pelos 6,45.

Para consultar o top anterior ou o top anual entretanto actualizado seguir para o site oficial do Círculo de Críticos Online Portugueses aquiEis então o top completo dos filmes, com suficiente amostragem, estreados em Portugal em Fevereiro de 2014:

1. Her (2013)
Uma História de Amor, Spike Jonze | 8,56
2. Nebraska (2013)
Alexander Payne | 8,44
3. La Grande Bellezza (2013)
A Grande Beleza, Paolo Sorrentino | 8,14
4. The Broken Circle Breakdown (2012)
Ciclo Interrompido, Felix van Groeningen | 7,91
5. The Lego Movie (2014)
O Filme Lego, Phil Lord e Christopher Miller | 7,75
6. All Is Lost (2013)
Quando Tudo Está PerdidoJ.C. Chandor | 7,50
7. August: Osage County (2013)
Um Quente Agosto, John Wells | 7,15
8. Philomena (2013)
FilomenaStephen Frears | 7,07
9. Labor Day (2013)
Um Segredo do Passado, Jason Reitman | 6,00
10. Lone Survivor (2013)
O Sobrevivente, Peter Berg | 5,88
11. The Monuments Men (2014)
The Monuments Men - Os Caçadores de TesourosGeorge Clooney | 5,55
12. RoboCop (2014)
José Padilha | 4,83

CCOP: Top de Janeiro de 2014



A liderança do pódio do primeiro top mensal de 2014 coincidiu com a escolha da AMPAS para o Óscar de Melhor Filme12 Years a Slave (12 Anos Escravo) recebeu a nota média de 8,72 atribuída pelos membros do CCOP, um valor que o coloca apenas dez décimas abaixo do filme melhor votado de 2013 (Before Midnight (Antes da Meia-Noite), com 8,82). Comparativamente com o recente top especial dedicado aos Óscares, o filme figura agora na décima posição entre os filmes vencedores do prémio, com melhor votação, ocupando o lugar de Annie Hall (8,64). O anterior filme de Steve McQueenShame (Vergonha), recebeu a nota média de 8,45, na votação mensal do CCOP em Março de 2012. Já o mais recente filme de Martin Scorsese ocupa a segunda posição da tabela, com uma nota média de 8 em 10. The Wolf of Wall Street (O Lobo de Wall Street) recebeu a mesma classificação que New York, New York, Cape Fear e The Departed receberam em 2012, aquando o top especial dedicado ao cineasta (ainda que o número de membros do grupo fosse então menor e que agora The Departed tenha sido reclassificado com a nota de 8,13). O top mensal finaliza-se com Dallas Buyers Club (O Clube de Dallas). O filme, que consagrou Matthew McConaughey e Jared Leto como detentores de um Óscar, foi classificado com a nota de 7,59.

Para mais informações ou para eventuais outros tops seguir para o site oficial do Círculo de Críticos Online Portugueses aquiEis então o top completo dos filmes, com suficiente amostragem, estreados em Portugal em Janeiro de 2014:

1. 12 Years a Slave (2013)
12 Anos Escravo, Steve McQueen | 8,72
2. The Wolf of Wall Street (2013)
O Lobo de Wall Street, Martin Scorsese | 8,00
3. Dallas Buyers Club (2013)
O Clube de Dallas, Jean-Marc Vallée | 7,59
4. Nymphomaniac: Vol. II (2013)
Ninfomaníaca - Volume 2, Lars von Trier | 7,38
5. Nymphomaniac: Vol. I (2013)
Ninfomaníaca - Volume 1, Lars von Trier | 6,67
6. L'Écume des Jours (2013)
A Espuma dos DiasMichel Gondry | 6,40
7. American Hustle (2013)
Golpada Americana, David O. Russell | 6,29
8. Saving Mr. Banks (2013)
Ao Encontro de Mr. BanksJohn Lee Hancock | 6,14
9. The Book Thief (2013)
A Rapariga Que Roubava Livros, Brian Percival | 5,80
10. Lovelace (2013)
Rob Epstein e Rob Epstein | 5,67
11. Silent House (2011)
Casa Silenciosa, Chris Kentis e Laura Lau | 5,20

26.3.14

2ª Edição: 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição: Conclusão


Um novo ano começou e o Caminho Largo, mais uma vez, lançou uma iniciativa. No caso, a mesma que há uns largos meses tanto dinamizou e tanto motivou o debate - a 2ª Edição de 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição aí estava, a recomeçar e a partilhar preferências de diversos convidados, na sua maioria cinéfilos desta excelente blogosfera portuguesa. O ano passado a Amizade foi o foco da discussão. Este ano a base centrou-se na Coragem, esta que assumiu o protagonismo e o tema em análise, no seu vasto espectro complexo e subjectivo, e portanto, mais que propício a escolhas diversificadas e heterogéneas.

Após dezenas de selecções, reflexões e comentários por parte dos convidados e dos diversos e estimados leitores, conclui-se assim mais um capítulo de 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição. O balanço é, mais uma vez, nitidamente positivo, tanto pelo acréscimo de conhecimento e de envolvimento sobre o tema - a Coragem - na sétima arte, como pelas listas de filmes e realizadores compilados e registados. Estas que, por si só, materializam um dos grandes objectivos desta iniciativa, a mesma que estará sempre à disposição de um clique e de uma visita espontânea ou criteriosa a este blogue.

Eis os tops 13 e 11 dos filmes e dos realizadores, respectivamente, mais referenciados:

Filmes:
Schindler's List (1993) - 6
Braveheart (1995) - 5
La Vita è Bella (1997) - 5
Into the Wild (2007) - 4
Saving Private Ryan (1998) - 4
Finding Nemo (2003) - 3
Hunger (2008) - 3
La Passion de Jeanne d'Arc (1928) - 3
Life of Pi (2012) - 3
Milk (2008) - 3
Network (1976) - 3
Philadelphia (1993) - 3
The Village (2004) - 3

Realizadores:
Steven Spielberg - 8
Clint Eastwood - 4
Mel Gibson - 3
John Huston - 2
Lars von Trier - 2
Martin Scorsese - 2
Pier Paolo Pasolini - 2
Quentin Tarantino - 2
Ridley Scott - 2
Sidney Lumet - 2
Steve McQueen - 2

As listas completas de todos os filmes e realizadores destacados encontram-se aqui e aqui, respectivamente (listas na página oficial do Caminho Largo no IMDb - por ordem de referência e, em seguida, alfabética). Por questões de coerência, as escolhas dos autores deste blogue não entraram para as listas, tal como o filme Casting e o seu realizador, João Onofre, por não constarem do referido site. Abaixo seguem ainda todas as imagens ou banners, com a respectiva legenda do filme, que perfilaram ao longo de todas as publicações. Por fim, resta então agradecer a todos os envolvidos que directa ou indirectamente sustentaram e alimentaram estas últimas semanas, desde os convidados ou participantes aos leitores e comentadores. A todos, sem excepção, o nosso muito obrigado, e até uma próxima edição da iniciativa.

The Lord of the Rings: The Two Towers (2002)
High Noon (1952)
Hotel Rwanda (2004)
Seven Samurai (Shichinin no samurai) (1954) 
Million Dollar Baby (2004)
The Grapes of Wrath (1940)
La Vita è Bella (1997) 
On the Waterfront (1954)
Mar Adentro (2004)
To Kill a Mockingbird (1962)
The Hurt Locker (2008)
Serpico (1973)
Lo Imposible (2012)
Gandhi (1982)
Johnny Guitar (1954)
Infernal Affairs (Mou gaan dou) (2002)
Gladiator (2000)
Mr. Smith Goes to Washington (1939)
The Diary of Anne Frank (1959)
Saving Private Ryan (1998)
Fitzcarraldo (1982)
Memento (2000)
The Elephant Man (1980)
Juno (2007)
The Bridge on the River Kwai (1957)
United 93 (2006)
Papillon (1973)
300 (2006)
The Pianist (2002)
Braveheart (1995)
Rocky (1976)
The Dark Knight (2008)
Finding Nemo (2003)
Schindler's List (1993)

23.3.14

2ª Edição: 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição (34)

As escolhas de:
Jorge Teixeira e Pedro Teixeira, autores deste blogue Caminho Largo

Os 3 melhores filmes sobre a Coragem:
La Passion de Jeanne d'Arc (1928)
A Paixão de Joana d'Arc, Carl Theodor Dreyer

Le Salaire de la Peur (1953)
O Salário do Medo, Henri-Georges Clouzot

Braveheart (1995)
O Desafio do Guerreiro, Mel Gibson

O melhor realizador a explorar a Coragem:
Roberto Rossellini (1906–1977)
"I do not want to make beautiful films, I want to make useful films."

Concorda / Identifica-se com estas Posições?