10.3.14

2ª Edição: 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição (22)

As escolhas de:
Jorge Rodrigues, autor do blogue Dial P for Popcorn

Os 3 melhores filmes sobre a Coragem:
On the Waterfront (1954)
Há Lodo no Cais, Elia Kazan

Serpico (1973)
Sidney Lumet

The Elephant Man (1980)
O Homem Elefante, David Lynch

O melhor realizador a explorar a Coragem:
Martin Scorsese
"Movies touch our hearts and awaken our vision, and change the way we see things. They take us to other places, they open doors and minds. Movies are the memories of our life time, we need to keep them alive."

As escolhas de:
Cristina Tomé, autora do blogue Cinemas do Paraíso

Os 3 filmes que melhor retratam a Coragem:
Hunger (2008)
Fome, Steve McQueen

Shame (2011)
Vergonha, Steve McQueen

12 Years a Slave (2013)
12 Anos Escravo, Steve McQueen

O realizador que melhor expressa a Coragem:
Steve McQueen
"Film is important; it can be more than reportage or a novel - it creates images people have never seen before, never imagined they'd see, maybe because they needed someone else to imagine them."

Obrigado, Jorge e Cristina, pelas participações.
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5 comentários:

  1. Escolhi este realizador e estes seus três filmes porque, dentro do panorama cinematográfico actual, é aquele que mais aborda temas fraturantes e corajosos.

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  2. Cristina adorei as suas escolhas, para mim, até agora, as melhores da iniciativa :).

    Steve e Michael a melhor dupla realizador/actor.

    Parabéns :)

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  3. Bem, começo por dizer que não querendo ser presunçoso, gosto imenso das minhas escolhas.

    Um cumprimento à Cristina Tomé pela sua ótima selecção, não me tinha de facto ocorrido mas o triunvirato de filmes de Steve McQueen exibe claramente um nível de 'cojones' que poucos realizadores possuem e realmente os três lidam com o tema da Coragem de diversas e complicadas formas. Bravo!

    Passo a explicar então o meu raciocínio: comecei por escolher três realizadores que além de me dizerem bastante, têm na sua filmografia vários exemplos de filmes arrojados, inovadores, dignos de um autor 'corajoso'. Dentro das suas riquíssimas filmografias, foquei-me nos filmes que a mim me dizem mais acerca do espectro da coragem e da multitude de formas em que esta pode surgir.

    Seja na aceitação do eu e na coragem de ver a beleza interior da condição humana de The Elephant Man (ou na corajosa e portentosa interpretação de John Hurt)...

    Na enorme força de vontade que Frank Serpico demonstrou, um homem justo no meio de tanta corrupção, que puxa para si toda a coragem para expor tudo quanto havia visto, algo que quase lhe custa a vida (e novamente mais uma enorme e corajosa interpretação, desta feita de Al Pacino)...

    E o gigante Brando (para mim, num papel melhor que o Sr. Corleone pelo qual ele é hoje indubitavelmente reconhecido) na pele de Terry Malloy, também ele um homem leal e correcto no meio de um mundo corrompido e injusto, que arranja coragem do nada para vir à frente e testemunhar e contar a verdade, custando-lhe a sua vida pessoal e profissional.

    Finalmente, por que razão escolhi Martin Scorsese? Fácil: apesar do meu desagrado pela trajectória nos últimos anos da sua carreira, Marty é o realizador mais versátil, astuto, inovador e fundamental do cinema norte-americano dos últimos quarenta anos, um homem de coragem que teve que enfrentar tudo e todos para ver o tipo de filmes que fazia chegar às salas de cinema (são infames os problemas que tinha de financiamento para quase todos os seus filmes nos primeiros anos; consegue-se imaginar, hoje?); teve que enfrentar a dura seta apontada da opinião pública que por muitos anos resistiu em dar-lhe apoio (só recebendo crédito muito mais tarde pelas suas obras-primas, Raging Bull incluído, na época mais um falhanço de bilheteira); e teve que aguentar 40 anos até finalmente receber um Óscar de melhor realizador que lhe devia pertencer desde 1976. E falamos de um homem que aos 71 anos ainda tem lata para escolher para suceder a um filme de índole infantil como Hugo com um Wolf of Wall Street.

    Se isto não é um homem de coragem, quem é, carago?

    Muito obrigado ao Jorge pela iniciativa e pelo convite!
    Desejo muito sucesso (e comentários, já agora).

    Abraço!

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  4. Olá Jorge Rodrigues

    Obrigada pelo cumprimento e também tenho que dizer que as suas escolhas são mesmo muito boas.

    O Homem-Elefante é um dos meus filmes favoritos de sempre e aquele que mais mexe com as minhas emoções todas as vezes que o vejo. Foi uma enorme pedrada no charco quando estreou em 1980 e lançou para o estrelato um senhor chamado David Lynch. Pena que o filme não tenha ganho qualquer oscar (muito injustamente) e, a meu ver, proporciona a melhor interpretação de John Hurt...de longe.

    Serpico também é um filme corajoso, baseado em factos reais. Al Pacino (mais uma vez assombroso) veste a pele do policia honesto envolvido numa teia de corrupção com a vivacidade que já lhe é reconhecida. Em 1973, Pacino viu o seu desempenho preterido pelo do Jack Lemmon em Save The Tiger, mas Serpico será sempre um marco da sua longa e rica carreira.

    On The Waterfront é o filme que lançou definitivamente Marlon Brando para o estrelato. Aqui ele está fenomenal no papel de Terry Malloy, um inconformado que tenta aguentar-se num mundo injusto e corrupto (uma pouco á semelhança de Serpico). Optimo filme (do mal amado Elia Kazan) e claro uma optima interpretação de Brando.

    O que há a dizer de Martins Scorsese? É espantoso como ele consegue surpreender ao fim de tantos anos de carreira. O Lobo de Wall Street é um autêntico murro no estômago, uma montanha russa de emoções dificil de ingerir, mas que no final deixa os espectadores satisfeitos.

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  5. FREDERICO DANIEL, São excelentes escolhas, sim.

    CRISTINA TOMÉ, Também acho Steve McQueen como um dos maiores realizadores da actualidade no que a irreverência e qualidade diz respeito. Gosto imenso do autor, e, portanto, dos três filmes aqui em destaque. Grandes escolhas, adequadíssimas ao tema. Partilho igualmente das considerações que fizeste às escolhas do Jorge. E obrigado pela participação e pelos comentários :)

    RITA, Não serão as melhores, até porque isso será sempre relativo e respeitante a cada um, mas seguramente uma das que mais se adequa e que mais se distingue em toda a iniciativa, isto muito por culpa da sua singularidade. De acordo.

    JORGE RODRIGUES, As escolhas da Cristina são, de facto, muito boas. Relativamente às tuas escolhas, revejo-me em tudo o que dizes, com particular destaque no On the Waterfront - grande filme de Kazan e Brando, está claro. De resto, Scorsese, Lynch e Lumet são sempre grandes escolhas também, cada um à sua maneira tremendos exemplos de coragem. E obrigado pela colaboração, sempre e uma vez mais :)

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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