As escolhas de:
Os 3 filmes que melhor demonstram a Coragem:
Schindler's List (1993)
A Lista de Schindler, Steven Spielberg
Into the Wild (2007)
O Lado Selvagem, Sean Penn
127 Hours (2010)
127 Horas, Danny Boyle
O realizador que melhor define a Coragem:
Steven Spielberg
"People have forgotten how to tell a story. Stories don't have a middle or an end any more. They usually have a beginning that never stops beginning."
As escolhas de:
Os 3 filmes que melhor reproduzem a Coragem:
Olympia (Festival of the Nations & Festival of Beauty) (1938)
Olimpíadas (Os Deuses do Estádio & Vencedores Olímpicos), Leni Riefenstahl
Domingo à Tarde (1966)
António de Macedo
A Summer at Grandpa's (Dong dong de jia qi) (1984)
Um Verão com o Avô, Hsiao-hsien Hou
O realizador que melhor representa a Coragem:
Georges Méliès (1861–1938)
"The trick, intelligently applied, today allows us to make visible the supernatural, the imaginary, even the impossible."
Obrigado, Victor e Tiago, pelas participações.
Concorda / Identifica-se com estas Posições?
Das segundas escolhas nada vi e não conheço o realizador, portanto não poderei opiniar.
ResponderEliminarConcordo plenamente com as primeiras escolhas, principalmente o "127 Horas" que é bastante bom 4* e me deu arrepios na espinha principalmente na parte do corte do braço.
Um filme da Leni Riefenstahl numa iniciativa sobre a coragem só pode ser ... uma piada de muito mau gosto. Por acaso, nem sou judia ... É preciso muita ginástica na criatividade para justificar uma escolha destas.
ResponderEliminarTambém me parece que o filme da Leni não revela coragem, pelo menos no sentido que damos geralmente à palavra. Coragem teria sido se ela tivesse feito um filme anti-nazi, ora o que ela fez foi filmes com total conivência e apoio de Hitler, glorificando o nacional-socialismo. Eu gosto muito dos filmes dela, mas apenas em termos estéticos, não em termos de conteúdo ou mensagem.
ResponderEliminarTemo que as minhas escolhas não foram ortodoxas mas também entendo que uma iniciativa destas não se deva subjugar e circunscrever-se aquilo que é considerado a definição mais genérica de coragem; coragem da personagem; coragem por si só.
ResponderEliminarA escolha da Leni Riefenstahl foi uma pequena provocação. Pensem no que implica gostar de um filme sem apreciar o conteúdo, como o Vítor disse em cima. Pensem no que é fazer um filme tão belo, tão deslumbrante mas que incita algo tão terrível. Se virarmos a medalha daquilo que é o heroísmo e a coragem por si implícita vemos que é muito difícil - mas possível - dissociar o autor da obra, ou daquilo que ela representa, um paradigma explorado em livros como o Doutor Fausto do Thomas Mann ou mesmo a Cavalgada das Valquírias do Wagner. Essa foi a minha interpretação para esta escolha, a coragem de realizar um filme esteticamente tão atractivo mas com um subtexto tão arrepiante.
A minha segunda escolha, "Domingo à Tarde" é uma escolha bastante pessoal. Para mim, simboliza o primeiro filme de ruptura com aquilo que o cinema português era nos anos anteriores à década de 60. Apesar de existir autores pontuais do cinema novo, este filme de António de Macedo foi o único que teve a coragem e a mestria de se afirmar com um filme verdadeiramente novo perante a PIDE - esta que não conseguia perceber a narrativa críptica da obra.
A minha última escolha foi baseada, não apenas no filme, mas também na corrente da própria obra, o realismo saudável tailandês. Summer at Grandpa's é um exemplo de uma corrente que teve a coragem de mostrar a vida tal e qual como ela é. Porém, ao contrário do neo-realismo italiano (o mais conhecido), não se tentava nenhum objectivo em concreto, fosse ele fazer um retrato da pobreza ou denunciar quaisquer fracturas sociais. Este é um filme que demonstra a coragem do autor em mostrar os sentimentos da forma mais humana mas menos exagerada que alguma vez vi, é a vida nos nossos olhos sem qualquer artifício. Um título semelhante, que me fez sentir de igual modo, foi a última obra de Edward Young "Yi Yi".
Justifico a minha escolha do Georges Melies com o simples facto de ter sido o primeiro realizador com a coragem de reconfigurar imagens em movimento naquilo que nós conhecemos hoje como o cinema; como a magia; o fantástico; a ficção.
Espero que tenham entendido um pouco melhor as minhas escolhas e que estas sejam uma forma de descobrirem novos filmes e novos horizontes.
FREDERICO DANIEL, Também não vi os três filmes destacados pelo Tiago. De resto, concordo com 127 Hours.
ResponderEliminarANÓNIMO, Não conheço o filme em questão, pelo que me vou abster de comentar, muito embora me reveja sempre no pensamento de que a realização por si só pode construir um filme e exponenciá-lo ao máximo em diversos temas, independentemente se vem ou não aqui para o caso.
O HOMEM QUE SABIA DEMASIADO, Como disse, não vi o filme, portanto, não poderei opinar. Grato, ainda assim, pelo comentário e pela motivação de debate. Obrigado, acima de tudo, também pela participação na iniciativa. Gostava ainda que comentasses as tuas escolhas, em jeito de justificação ou reflexão, sendo que me identifico no geral com todas, em especial com Schindler's List e Spielberg.
TIAGO VITÓRIA, Definições e provocações à parte, identifico-me com a tua abordagem da iniciativa, com o tema em questão. A diversidade foi sempre também um objectivo. Quanto às escolhas, e embora não tenha visto o filme de Riefenstahl, compreendo perfeitamente a tua escolha tendo em conta o que dizes. Aliás, vem no sentido do que afirmo muitas vezes - a realização é amiúde mais importante, bem mais importante, que os argumentos ou as narrativas envolvidas. A forma como se transmite, em detrimento do que se transmite, dá tudo e passa tudo o que precisamos saber e sentir. Uma escolha que tem isso conta, de forma extremista, só tem a minha estima :). De resto, não vi também e ainda os outros filmes que referencias, sendo que, por outro lado, a opção por Méliès é ela mais do que certeira, essencial.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo