6.3.14

2ª Edição: 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição (19)

As escolhas de:
Luís Mendonça, autor do blogue CINEdrio
e autor no site À pala de Walsh

Os 3 melhores filmes sobre a Coragem:
Roma, Città Aperta (1945)
Roma, Cidade Aberta, Roberto Rossellini

Seven Samurai (Shichinin no Samurai) (1954)
Os Sete Samurais, Akira Kurosawa

Man in the Shadow (1957)
Jack Arnold

O melhor realizador a explorar a Coragem:
Roberto Rossellini (1906–1977)
"Non sono un pessimista; accorgersi del male dove esiste, a mio parere, è una forma di ottimismo."

As escolhas de:
Nuno Barroso, autor do blogue Delusion Over Addiction

Os 3 filmes que melhor retratam a Coragem:
La Passion de Jeanne d'Arc (1928)
A Paixão de Joana d'Arc, Carl Theodor Dreyer

Network (1976)
Escândalo na TV, Sidney Lumet

Martyrs (2008)
Pascal Laugier

O realizador que melhor expressa a Coragem:
David Lynch
"To give a sense of place, to me, is a thrilling thing. And a sense of place is made up of details. And so the details are incredibly important."

Obrigado, Luís e Nuno, pelas participações.
Concorda / Identifica-se com estas Posições?

4 comentários:

  1. Nestas escolhas não me identifico com nada pois pouco conheço, cumprimentos

    ResponderEliminar
  2. Antes de mais agradeço o convite feito pelo Jorge naquela que é mais uma tremenda iniciativa levada a cabo por este blogue. :)

    O racional das minhas escolhas:

    - La Passion de Jeanne D'Arc: Creio que, para além da história que retrata, este filme tem como âncora uma das maiores interpretações do cinema por parte de Falconetti, num papel portador de uma imensa bravura. Temos ângulos e close-ups que tornaram a visualização ainda mais impactante. Foi um filme que me veio imediatamente à cabeça quando pensei na palavra "coragem" em cinema.

    - Network: É um exercício que do alto dos seus quase 40 anos, mantém-se absolutamente relevante nos dias que decorrem. Um filme tão mordaz, tão incisivo e tão rico em todos os seus departamentos. Que se debruça e aponta o dedo a uma indústria que se tem tornado cada vez mais inócua. E fazê-lo no seio de Hollywood? É preciso coragem :)

    - Martyrs: Por ser, na minha opinião, o expoente máximo de um movimento que deixou muito poucos indiferentes, o da nova onda de terror francês. Martyrs assume-se como o Rei de todos os mais extremistas filmes de terror que saíram de França na década passada e materializa a lufada de ar fresco que veio revigorar um género já cansado. E a forma de como ajudou a romper com as convenções que estavam associadas ao Terror foi algo simplesmente brutal. Lá está, para esticar os limites como Martyrs fez, foi precisa muita audácia.

    David Lynch - Essencialmente pela sua abordagem à realização e pelo seu estilo de fazer as coisas à sua própria maneira, sem se sujeitar a imposições externas. Pelo facto de conseguir pegar no mais abstracto (Inland Empire, por exemplo) e fazer disso filmes colossais, sem nunca sentir a necessidade de fazer a papinha toda ao espectador. Também por fazer o filme mais simples que me lembro de ver (The Straight Story, título mais que apropriado. love it) e ainda assim não se distanciar do seu cunho artístico.

    ResponderEliminar
  3. Roberto Rossellini é o realizador da resistência. Uma resistência não só à guerra, mas também a um determinado modus operandi instituído pela dominante máquina de Hollywood. A sua coragem inspirou toda a geração da Nouvelle Vague a sair à rua e a captar a vida no seu devir. O seu discurso era furiosamente anti-cinematográfico, no sentido em que parecia desprezar aquilo que é mais intrínseco ao cinema: a própria câmara de filmar ou, mais latamente, a sua dimensão técnica e estetizante (imagens belas? Não, imagens justas!). É esta espécie de renúncia ao cinema pelo cinema (em nome "do que se filma") que me parece ser o grande acto libertário de Rossellini. Ainda hoje é surpreendente ler as suas entrevistas e ver os seus filmes.

    ResponderEliminar
  4. FREDERICO DANIEL, Eu só não conheço ainda os respectivos terceiros filmes de ambas as escolhas. Dos restantes, aconselho-te todos, sem excepção.

    NUNO BARROSO, Obrigado pelas palavras e pela participação. É sempre um prazer contar contigo :). Quantos às escolhas e às justificações, que dizer, talvez só o facto de gostar bastante de três delas, sendo a que falta - Martyrs - se assumir como uma falha que tenho de colmatar. Grande reflexão do filme de Dreyer e de Lynch, ambos tremendos exemplos sobre o tema.

    LUÍS MENDONÇA, Rossellini é um senhor do cinema, é uma personalidade indissociável da história do mesmo, sem o qual não se compreende como a sétima arte chegou e culminou em tanto meio e em tanta corrente artística. Coragem aqui existe muita, tal como nos filmes que destacas, em especial no de Kurosawa, onde este valor é por demais evidente. Obrigado, mais uma vez, pela colaboração nesta iniciativa.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

    ResponderEliminar

Partilhe a sua opinião e participe no debate. Volte mais tarde e verifique as respostas para continuar a discussão. Obrigado.