As escolhas de:
Pedro Duarte, do blogue Close Up!
Os 3 filmes que melhor exprimem a Amizade:
E.T. the Extra-Terrestrial (1982)
E.T. - O Extra-Terrestre, Steven Spielberg
Stand by Me (1986)
Conta Comigo, Rob Reiner
Intouchables (2011)
Amigos Improváveis, Olivier Nakache e Eric Toledano
O melhor realizador a explorar a Amizade:
Rob Reiner
"You want sentiment, not sentimentality."
As escolhas de:
Os 3 filmes que melhor reproduzem a Amizade:
Underground (1995)
Era Uma Vez Um País, Emir Kusturica
Kikujiro (Kikujirô no natsu) (1999)
O Verão de Kikujiro, Takeshi Kitano
The Three Burials of Melquiades Estrada (2005)
Os Três Enterros de Um Homem, Tommy Lee Jones
O realizador que melhor define a Amizade:
Hayao Miyazaki
"This idea that whenever something evil happens someone particular can be blamed and punished for it, in life and in politics is hopeless."
Obrigado, Pedro e Axel, pelas participações.
Concorda / Identifica-se com estas Posições?
Já me apanharam dois. Isto está difícil. devia ter tentado ser original, em vez de lógico.
ResponderEliminarmais uma boa lista!
ResponderEliminarET check again :)
ResponderEliminarObrigado pelo convite para participar nesta bela iniciativa.
ResponderEliminarTentem só arranjar temas menos complicados para discussão, pois foi uma enorme dor de cabeça escolher apenas três filmes... :)
Um abraço!
Serve o seguinte pequeno texto de justificação:
ResponderEliminarNestas escolhas a intenção não foi explorar a amizade como a animosidade espiritual que nos aviva o espírito, a ideia foi explorá-la em vertentes não óbvias. Além disso seria incapaz de fazer tal lista escolhendo filmes que não têm qualidade intrínseca.
A escolha de Underground baseou-se na ideia de que uma relação de amizade entre adultos adquire características específicas. À medida que o paradigma de vida muda, com o crescimento pessoal em idade e consciência, as prioridades são diferentes. Existe um maior nível de entendimento da realidade inerente à vida e uma maior vontade de obter ganho individual, pois este é percebido como o maior meio de satisfação pessoal. Por muita ética pessoal ou relação afetuosa que exista, a tendência para a traição mútua é sempre crescente, a amizade é considerada cada vez mais como algo naif e que perde significado.
O filme de Takeshi Kitano transporta-nos para outra realidade, se não existe qualquer tipo de interesse mútuo no início, Kikujiro vai-se tornando, de uma personagem pateticamente egoísta, numa figura cada vez mais protectora, uma figura parental. Mostrando não só que a amizade cresce, na maior parte das vezes, apenas da quantidade de tempo em que há interação humana, como que ela se baseia, verdadeiramente, numa ideia de possibilidade de silêncio confortável. Assim se mostra algo essencial, que as relações inter-humanas podem ser algo mais que conveniência e ganho pessoal, que podem conseguir, como é explanado neste filme, com que a felicidade surja de desilusões múltiplas.
Por último temos três enterros que mostram a importância que alguém consegue atingir na consciência de outra pessoa. Num argumento claramente remanescente de Pedro Páramo de Juan Rulfo, temos a ideia de que a morte não só é uma parte da vida, mas a continuação dela, mas apenas no impacto que tem nas outras pessoas. A consciência perde-se, mas o sentimento despertado continua, neste caso, simbolicamente, por um cadáver cada vez mais putrefacto. As ideias clássicas do cinema americano de um amor ligeiramente correspondido por um herói e o estigma da prostituição continuam presentes, mas unidos com a mitologia da américa latina obcecada com a morte. E pouco mais do que isto é preciso para percebermos que estamos todos mortos, ou quase. Muito mais é explorado mas não me quero alongar.
Miyazaki encontra-se aqui pelo que ele consegue trazer das suas personagens, e das relações que surgem nos seus filmes, pouco ricas em ideias feitas. Esquecendo um pouco a excessiva infantilidade de Pónio e a última cena do Castelo Andante, a ideia de que a maldade e a bondade pertencem a todos e que nunca existe algo claro, algo óbvio que defina o que alguém realmente é, merece a maior atenção. Num mundo que estupidifica crianças com miúdos órfãos e princesas, ainda há alguém que acha que elas não são diminuídos mentais. Eleva-se ainda a personagem de No-Face, que representa um pouco de todos e reduz a amizade a um estado de espírito.
mais seis excelentes escolhas. E confesso que sorri ao ver o Rob Reiner e (mais uma vez) o Miyazaki seleccionados :)
ResponderEliminarEstou a ver que o E.T. vai ter aqui uma presença assídua. Uma presença bastante justificável é claro.
ResponderEliminarEscolhas bastante interessantes. E tenho o Underground na lista de filmes a ver urgentemente.
RICARDO LOPES MOURA, Pois, mas não me parece que o lógico seja mau, antes identificativo de quem somos e do que gostamos. Esta iniciativa, e tal como já disse, também tinha esse objectivo - filtrar os melhores e mais referenciados filmes sobre o tema, no caso a Amizade. E para isso é imperativo repetições. De qualquer modo, tentem ao máximo não revelar ou sugerir as vossas escolhas ainda por publicar.
ResponderEliminarANÓNIMO, Sem dúvida, têm aparecido listas bem interessantes. Já agora, gostava que assinasse, noutra ocasião, o seu comentário. Obrigado.
FREDERICO DANIEL, Mais uma vez, de acordo :)
CLOSE UP!, De nada, o prazer foi todo nosso. As dores de cabeça para este tipo de reflexão / iniciativa são sempre bem-vindas, sei que concordarás :) Quem sabe numa próxima edição seja um tema menos abrangente (o que aqui foi propositado, atenção).
AXEL FERREIRA, Entre a excelência do teu comentário e a substância que dele sobressai, tenho-te a agradecer. Grande texto, gostei bastante, e espelha muito bem os teus critérios, por vezes curiosos, mas não menos acertados e coerentes com o pedido. Nada a dizer, deixas-te-nos aqui uma bela reflexão.
ANTÓNIO TAVARES DE FIGUEIREDO, Por acaso também fico sempre deliciado e sorridente com a presença de Miyazaki, de que gosto bastante. Rob Reiner também é uma presença perfeitamente enquadrada.
RAFAEL SANTOS, Vai vai, com todo o mérito, sem dúvida. Aconselho-te então o Underground vivamente, e sobretudo se já gostas de Kusturica.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
Nova dupla com interessantes sugestões para o tema. Identifico-me bastante com as escolhas do Pedro Duarte (bastante mesmo) e acho a contribuição do Axel Ferreira bastante pertinente pela curiosidade que me desperta (porque não vi os sugeridos e também porque o "Underground" vai já para a watchlist).
ResponderEliminarStand by me... esteve quase quase quase a constar. Underground do Kusturica, EXCELENTE - não pensaria nele
ResponderEliminarARM PAULO FER, O Underground é muitíssimo bom, aconselho. E também acho a contribuição do Axel pertinente e uma mais valia para a iniciativa.
ResponderEliminarSOFIA SANTOS, Esteve a entrar e seria uma excelente escolha na mesma - um filme marcante sobre este tema. E claro Kusturica é sempre um arrojo. Também nunca pensaria nele, mas até que se enquadra.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo