A Vida é Bela, Roberto Benigni
Após assistir ao filme fico mais do que rendido, maravilhado com a nossa existência e liberdade. Coisa preciosa essa, de andarmos pela calçada livre e espontaneamente, sem nos preocuparmos com os nossos actos e as nossas reacções. Se há coisa que se fica a pensar depois de se ver o filme, é o nosso papel dentro de uma comunidade, de um grupo de seres sócio e culturalmente dependentes uns dos outros, a tal ponto que sem o amparo do ombro amigo a nossa "finalidade" esvai-se, resume-se sem qualquer sentido.
Guido, o protagonista de toda a história, carrega esta mensagem, esta carga de emoções, às costas o tempo todo. Carrega a comicidade e a deambulação novelesca de um amor tão infantil e puro, que é enternecedor assistir, até à brutal coragem e determinação, só alcançada por um grande sentido de paternidade.
Não considero o filme, apesar de tudo, um portento de genialidade, sobretudo no quadro da realização, da profundidade que os próprios planos poderiam e deveriam ter alcançado, mas não deixo de reconhecer que por vezes não é necessário ser ultra-mega-super perfeito, técnica ou artisticamente falando. É preciso, isso sim, e invariavelmente quando se tenta passar uma ideia, uma mensagem, ser verdadeiro, sincero e sem pretensiosismos. A A Vida é Bela consegue-o, na minha opinião, de forma exemplar.
Acrescenta ainda o facto, confesso, de pessoalmente e por estas andanças, o que mais me motiva é o arrebatamento, é a sensação, por vezes ilusória, de perfeição. Destaque final para a espontaneidade das representações e para a genuína banda sonora, que só transcendem mais o quadro. Uma história impressionante, bem contada, que dentro dos supostos objectivos a alcançar, ultrapassa-os simplesmente.
Guido, o protagonista de toda a história, carrega esta mensagem, esta carga de emoções, às costas o tempo todo. Carrega a comicidade e a deambulação novelesca de um amor tão infantil e puro, que é enternecedor assistir, até à brutal coragem e determinação, só alcançada por um grande sentido de paternidade.
Acrescenta ainda o facto, confesso, de pessoalmente e por estas andanças, o que mais me motiva é o arrebatamento, é a sensação, por vezes ilusória, de perfeição. Destaque final para a espontaneidade das representações e para a genuína banda sonora, que só transcendem mais o quadro. Uma história impressionante, bem contada, que dentro dos supostos objectivos a alcançar, ultrapassa-os simplesmente.
★★★★★★★★★★
Jorge Teixeira
Jorge Teixeira
classificação: 10/10
links: IMDb, FilmAffinity, ICheckMovies, MUBI
Vislumbramos a perfeição, por vezes, na genuína representação de humanidade... e isso não é fácil, na arte. Aqui encontramo-la tanto na comédia como na na tragédia e é isso que é comovente.
ResponderEliminarRoberto Simões
CINEROAD.net
ROBERTO SIMÕES, Sim o filme tanto nos comove e entretém com a comédia (na primeira parte), como com o drama e tragédia (na segunda parte). Será isso, com toda a certeza, que faz com que esta obra se destaque de tantas outras, atingindo dessa forma um patamar onde poucas habitam.
ResponderEliminarANTÓNIO PALMA MENDES, Obrigado pelas palavras e pelo contributo. Tenciono que este espaço seja isso tudo, mas acima de tudo que nunca desfoque do que consideramos ser o principal: o carácter pessoal, partilhado nas opiniões expressas.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
Ando para rever este filme há tanto tempo... concordo inteiramente com a classificação.
ResponderEliminarRoberto Simões
CINEROAD
cineroad.blogspot.com
ROBERTO SIMÕES, Também o tenho e quero ver. Aliás, o filme já merece outra crítica. Um dia destes, quem sabe :)
ResponderEliminarCumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo