Shane (1953), George Stevens
Existe em Shane um ciclo, uma história que começa e acaba, um princípio, um meio e um fim (como mandam as regras convencionais de uma narrativa). Ao raiar do dia, Shane, o homem, entra em cena para introduzir-nos o conto, para agitar e baralhar aquela família, mas também, e principalmente, para dar uma ajuda às necessidades patentes do quotidiano. O tempo passa, os minutos avançam e a acção desenrola-se. Ao pôr do sol, Shane, o homem outra vez, sai de cena para fechar o livro, para terminar um capítulo com aquelas pessoas, e para não se prender, e prender os outros, à sua presença e irreverência. Sobre o mesmo cenário e sobre o mesmo enquadramento se completa um ciclo, e se faz um filme.
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